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Trump sinaliza trégua com China e confiança no Fed: dólar recua e ativos sobem

Na terça-feira, 22 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom mais conciliador em relação à política econômica, sinalizando uma possível redução nas tarifas sobre produtos chineses e afirmando que não pretende demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Essas declarações impactaram positivamente os mercados financeiros globais, que vinham enfrentando volatilidade devido a incertezas sobre a política comercial e a independência do banco central americano.

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump reconheceu que as tarifas de até 145% impostas sobre produtos chineses são “muito altas” e afirmou que “não serão tão altas”, indicando uma redução substancial. Ele também expressou otimismo quanto à possibilidade de um acordo comercial com a China, mas ressaltou que, caso isso não ocorra, os EUA definirão os termos do comércio bilateral.

Após críticas recentes ao presidente do Fed, incluindo apelidos depreciativos, Trump afirmou que “nunca teve a intenção” de demitir Powell, enfatizando que a imprensa exagerou a situação. Ele reiterou seu desejo de que o Fed reduza as taxas de juros, mas reconheceu a importância da estabilidade na liderança do banco central.

As declarações de Trump trouxeram alívio aos mercados financeiros. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 1.000 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram ganhos superiores a 2,5%. Na Europa, os principais índices também fecharam em alta, impulsionados pela perspectiva de redução das tensões comerciais e pela manutenção da independência do Fed.

Embora as declarações de Trump tenham trazido otimismo aos mercados, analistas alertam para a possibilidade de volatilidade contínua devido à natureza imprevisível das políticas comerciais dos EUA. A manutenção de Jerome Powell no comando do Fed é vista como um fator positivo para a estabilidade econômica, mas as pressões políticas sobre o banco central continuam sendo motivo de preocupação.Em resumo, as recentes declarações de Trump sinalizam uma tentativa de reduzir as tensões comerciais com a China e de preservar a estabilidade na política monetária dos EUA, fatores que contribuíram para a recuperação dos mercados financeiros.

Mauricio Barreto

Observatório Econômico