Os mercados globais iniciam a semana em forte alta, embalados por notícias de bastidores que indicam a retomada de conversas entre Estados Unidos e China para pôr fim à guerra comercial. Este novo elemento foi o principal catalisador do otimismo generalizado que já vinha se formando, impulsionado pela expectativa de dados econômicos mais amenos e de uma possível flexibilização monetária por parte do Federal Reserve. O Bitcoin acompanha o clima positivo, subindo cerca de 1,5% nesta segunda-feira, em movimento de tentativa de rompimento de máximas recentes, depois de acumular impressionantes 10% de valorização na semana anterior.
Segundo fontes de mercado, autoridades americanas e chinesas teriam reaberto canais de diálogo visando reduzir tarifas e buscar um novo entendimento comercial. Ainda que sem confirmação oficial, a simples especulação foi suficiente para acionar uma forte onda de apetite por risco entre os investidores. O contexto é extremamente sensível: qualquer sinal de distensão na relação entre as duas maiores economias do mundo teria o potencial de impulsionar o crescimento global, aliviando as cadeias de suprimentos e estabilizando preços de commodities e produtos industriais. Em meio a esse pano de fundo, os principais índices americanos tiveram uma semana de forte recuperação: o S&P 500 subiu 4,3%, o Dow Jones avançou 2,48% e o Nasdaq saltou impressionantes 6,4% — a maior alta semanal do índice tecnológico em vários meses.
Apesar do forte otimismo inicial, o mercado ainda enfrentará uma bateria de indicadores econômicos nos próximos dias, que podem calibrar as expectativas para os próximos movimentos:
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Terça-feira (29/04): Confiança do Consumidor CB (abril) e Ofertas de Emprego JOLTS (março).
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Quarta-feira (30/04): Variação de Empregos Privados ADP (abril), PIB do 1º trimestre dos EUA, e Núcleos do Índice de Preços PCE.
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Quinta-feira (01/05): Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego e índices PMI Industriais (S&P Global e ISM).
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Sexta-feira (02/05): Payroll de abril, Ganho Médio por Hora e Taxa de Desemprego.
Especial atenção será dada ao Payroll de sexta-feira: a criação projetada de 228 mil vagas poderá ser um balizador importante para as apostas de corte de juros. Além disso, o núcleo do PCE, esperado em 0,1% mensal, servirá como termômetro para a trajetória da inflação.
O Bitcoin se beneficia diretamente deste ambiente de maior otimismo e busca de diversificação de risco. A criptomoeda sobe cerca de 1,5% hoje, tentando confirmar o rompimento da máxima da semana anterior. O movimento é sustentado não apenas pelo ambiente macroeconômico favorável e a expectativa de entrada de novos fluxos institucionais. Com a possibilidade de juros mais baixos no horizonte e uma menor tensão geopolítica, o Bitcoin tende a ser ainda mais procurado como ativo alternativo.
O mercado financeiro global vive um momento de forte apetite ao risco, motivado principalmente pelos rumores de acordo entre EUA e China, mas também sustentado por fundamentos econômicos que sugerem um possível alívio nas condições monetárias ainda em 2025. Com o Bitcoin surfando essa onda de otimismo e as bolsas americanas acumulando ganhos expressivos, a atenção agora se volta para a confirmação dos dados macroeconômicos da semana. Caso eles reforcem a tese de desaceleração suave da economia americana, a tendência positiva poderá ganhar ainda mais força.