• Curitiba
  • New York
  • London
  • Tokio

Bitcoin bate na porta dos US$ 100 mil

Nas últimas semanas, os mercados financeiros globais têm testemunhado um rally impressionante, especialmente no universo das criptomoedas. O Bitcoin, principal ativo digital do mercado, chegou a flertar com a marca simbólica de US$ 100 mil, renovando o otimismo dos investidores. Este movimento reflete uma combinação de fatores, incluindo maior apetite por risco e a busca por proteção em um cenário de incertezas econômicas globais.

O Bitcoin vem sendo impulsionado por um conjunto de catalisadores. A crescente adoção institucional, a  aprovação de ETFs de Bitcoin spot nos Estados Unidos que aconteceu este ano e a eleição de Donald Trumpo são alguns dos principais motores dessa valorização. Além disso, a desvalorização do dólar em algumas frentes e as incertezas relacionadas às políticas monetárias globais têm levado investidores a buscar refúgio em ativos alternativos, como o ouro e o próprio Bitcoin, que é considerado por muitos como o “ouro digital”. A proximidade dos US$ 100 mil, embora ainda não rompida, reforça o papel da criptomoeda como ativo de destaque em 2024.

Apesar da euforia com o Bitcoin, o foco dos mercados tradicionais está voltado para a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, marcada para esta quarta-feira às 10h30 (horário de Brasília). O índice de preços ao consumidor (PCE) será crucial para determinar o humor do mercado até o final da semana.

Os investidores buscam sinais claros sobre o ritmo da inflação para ajustar suas expectativas quanto à trajetória da política monetária do Federal Reserve (Fed). Caso a inflação venha acima do esperado, o Fed poderá adotar uma postura mais rígida, o que pode impactar negativamente os ativos de risco, incluindo ações e criptomoedas. Por outro lado, uma inflação controlada pode reforçar a perspectiva de que os juros tendem a continuar caindo, alimentando o otimismo nos mercados.

O cenário para o restante da semana está longe de ser tranquilo. Apesar da empolgação com a recente alta do Bitcoin, a divulgação dos dados de inflação será determinante para o direcionamento dos mercados. Os investidores devem estar atentos, pois qualquer surpresa nos números pode desencadear uma nova onda de volatilidade, influenciando tanto os mercados tradicionais quanto os ativos digitais.

Se o Bitcoin conseguirá finalmente romper a barreira psicológica dos US$ 100 mil dependerá não apenas do apetite por risco dos investidores, mas também de como os dados macroeconômicos moldarão o ambiente para os ativos financeiros como um todo.

Mauricio Barreto

Observatório Econômico

Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.