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Quando a questão é não fazer questão.

O Pequeno Principe nos contou que a rosa era importante para ele porque ele se importava com ela 24 horas por dia.

Regava. Protegia. Conversava. Se esforçava.

E esse é o resumo antológico da obra sobre o que é “se importar”.

Não tem atalhos e nem possibilidade de interpretações dúbias. É assim.

Se importar é fazer questão. É tentar. É dar aquele sprint final. Aí me perguntarão os incautos:

– Mas e se eu me importar, mas não quiser fazer a coisa X? Se eu estiver cansado? E se…

Aí, vamos entender. Primeiro, não é para fazer o que agride. Não é sobre bater em alguém ou algo assim. É algo como um esforço. Algo importante para outrem e nem tanto para você.

– Ah, mas eu não vou fazer tal coisa só para agradar.

Tá tudo bem, nobre leitor. Você apenas não se importa. Pode pensar que sim. Pode tentar até mesmo se enganar, mas não. Não se importa de verdade. E tá tudo bem! Fica tranquilo.

Os caminhos que separam na maioria das vezes são mais fortes que os laços que unem.

É a vida.

Vamos usar o exemplo da rosa para ilustrar.

Está lá o Pequeno Príncipe tranquilo em seu trabalho de explorador de planetas quando recebe um Whats da Rosa pedindo para ele trazer ovo. Acabou o ovo para o jantar. O Pequeno Principe acabou de passar pelo mercado. O retorno fica 1km para frente e o trânsito está terrível.

Ele diminui a velocidade, liga a seta e faz o retorno ou segue em frente e diz que a mensagem chegou tarde demais?!

Não fique procurando resposta certa, leitor. Não há. Fica algo como: se ele se importar ele faz o retorno, caso contrário, segue em frente.

Quem ama se importa. Quem gosta se importa. Quem apenas convive, não.

Uma vez em um programa de variedades que eu tinha no rádio, entrevistamos um rapaz (Douglas) que foi nos explicar a diferença entre vegetariano, vegano e crudivoro. Se hoje qualquer qualquer criança sabe a diferença, na época não. Na entrevista, entre uma pergunta e outra eu soltei:

– Mas então, você é crudivoro, se eu convidar para um café na minha casa, minha mãe te oferecer um bolo, um salgado qualquer você simplesmente irá negar?

– Se você me convidar para ir tomar na sua casa, provavelmente você é meu amigo. Se você é meu amigo eu saberei que o bolo que a sua mãe fez foi feito com amor e carinho. Vou comer. Sei que vou me contaminar comendo algo que não deveria. Mas dois dias depois estou desintoxicado e nem você, nem sua mãe, estarão magoados com minha atitude e tenho certeza que depois de me conhecer melhor farão outra coisa para eu comer.

Douglas exemplificou o que é se importar.

Ediney Giordani

Vida & Cia

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