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O ponto não é pós, é o agora.

Outro dia conversava com o meu amigo Jason (nome fictício) que me dizia não acreditar em um pós vida. Algo como, morreu, acaba! Puf, caput. The End!

Então perguntei: mas, se é assim… por que ser uma boa pessoa? Por que se importar com outrem? Mesmo que essa outra pessoa seja alguém que lhe seja próximo. Qual é o ganho?

Jason é uma pessoa melhor do que eu. Ele não tinha pensado nisso até então.

Minha base de argumentação é absolutamente simples: Se não há castigo, também não há mérito. Qualquer ação que você toma durante toda a sua vida só repercute nela própria, então é mais fácil, sim, isso aí que você está pensando, afinal, se não tem castigo, não tem crime.

Já parou para pensar nisso?
Um mundo em que a maioria das pessoas pensassem assim seria uma benção ou uma maldição?

Seria egoísta, com certeza.
Será?
Jason mostra que não.

Tem uma citação na bíblia (sim, sou religioso daqueles que acredita que há “pós”) que diz que a fé sem obras de nada vale. Concordo 100%.

Papa Francisco disse preferir um ateu atuando do que um católico apenas adorando.

Chico Xavier, líder do espiritismo brasileiro, certa vez recebeu uma mulher que reclamava do marido, apesar de ser um pai exemplar, um marido maravilhoso, trabalhador e todos os outros adjetivos positivos possíveis, finalizava: não era espirita. Ao que o médium responde:

– Mas minha filha, ele não precisa.

Ser simplesmente bom parece ser algo reservado a quem quiser, por mais paradoxal que possa ser.

Veja, você está casa de chinelo sentado no sofá vendo o jogo do Vasco quando batem a sua porta. Uma senhora afirma estar sem alimentos e lhe pede ajuda, você pode:

– ajudar com dinheiro.
– ajudar com alimento.
– criticar o voto da mulher na última eleição.
– dizer não tem e virar as costas.
– olhar pela janela e simplesmente não ir.

Entenda, não importa a decisão que você tomar, não terá impacto imediato nenhum na sua vida.

Se você ajudar (ajude), a mulher provavelmente sairá feliz e te abençoando. Se não ajudar a mulher sairá triste te amaldiçoando. De concreto, concreto mesmo, nada.

Então, qual é o ponto?
Por que alguns são bons e outros nem se importam?
Já deixamos claro que não tem relação com religião.

Tendo a discordar do amigo Jason.
Acho sim que há um pós. Acho também que quando fazemos boas coisas, atraímos boas coisas. E isso é verdade… qualquer coisa pode ser. Afinal, não é provado, não é testado. É sensação.

Fazer o bem sem saber a quem.
Completo.
Fazer o bem, sem saber a quem e porque sim.

Simples, assim.

Ediney Giordani

Vida & Cia

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