Imagine que você entra numa sala e vê duas pessoas conversando. Elas estão usando palavras, gestos, talvez até risos. Você entende o tom, o contexto, até mesmo o conteúdo. Agora, imagine a mesma cena, mas com duas inteligências artificiais conversando. Você ouve sons que não fazem sentido, quase como um idioma alienígena. E, na verdade, é exatamente isso: uma nova forma de comunicação chamada Gibberlink Mode.
Esse nome meio engraçado, “modo gibberlink” ganhou fama depois que um vídeo mostrou dois agentes de IA conversando ao telefone e, do nada, mudando para um modo de comunicação mais “eficiente”. Para as máquinas, claro. Para a gente, parecia só ruído. Mas por trás do ruído, surgiu um debate bem sério.
Se duas máquinas podem conversar entre si em um código que nem os programadores entendem, quem garante que elas estão seguindo as regras? Como saber se estão fazendo o que deveriam e não tomando decisões que escapam ao nosso controle?
A tecnologia precisa ser rápida, sim. Precisa evoluir. Mas ela também precisa ser compreensível. A eficiência não pode custar a transparência. Imagine um carro autônomo decidindo entre virar à esquerda ou à direita baseado num cálculo que nem os engenheiros conseguem revisar. Ou um robô financeiro aprovando ou negando empréstimos em um “modo gibberlink” inacessível.
O futuro da comunicação entre máquinas não pode excluir os humanos. O desafio vai ser garantir que a tecnologia continue do nosso lado, como ferramenta, não como entidade à parte. E pra isso, precisamos manter uma regra básica em qualquer conversa: todo mundo na sala tem que entender o que está sendo dito.
Nos falamos de novo na próxima quinzena. Até lá!