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Expectativas e as projeções alheias

Todos nós temos pontos de apoio e superação que normalmente ficam somente para nosso intimo, o que não impede que os demais projetem em nossas vidas aquilo que pensaram que seria certo.

No esporte, por exemplo, temos uma avalanche de exemplos de jogadores que “nós” achávamos que poderiam entregar bem mais do que entregaram, Ronaldinho Gaúcho (o melhor jogador que assisti), Adriano Imperador, o próprio Neymar.

Esses caras, claro, tiveram carreiras brilhantes, entregaram muito, mas, e quem lê essa coluna com constância sabe que sempre tem o mas, vivem e conviveram com a expectativa alheia de que poderiam ter feito mais.

A culpa disso provavelmente é a comparação, mas isso é uma outra história.

Uma vez um conhecido passava dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho e eu identificava nele muito potencial. Nunca tinha vendido os serviços que eu vendia, então, declinou. Disse que não conseguiria.

Eu acreditava mais nele do que ele mesmo!

De novo, projetando em alguém uma avaliação pessoal, uma crença única formada a partir das minhas próprias ideias e convicções.

Os pré-conceitos e as pré-avaliações que fazemos, muitas vezes nos deixam cheios de senões que nem mesmo foram colocados. Uma negativa a uma pergunta não feita.

Outro dia terminei de ler a biografia do Luiz Barsi, um mega investidor brasileiro que fez fortuna com a bolsa de valores. No livro tem a história de um jovem de 16 anos que um dia pegou o telefone, ligou na corretora que o magnata atuava e disse, “quero falar com o Luiz Barsi”. Barsi atendeu. Marcou uma visita e conversaram por horas. Barsi, já muitíssimo rico, na casa dos bilhões, e um jovem de 16 anos morador da periferia de São Paulo que só estava munido de curiosidade.

Outro exemplo que gosto muito é a da ideia do negócio que irá faturar milhões. Essa ideia está na cabeça da pessoa, mas só lá. Ele vai em busca de “sócios” e quando dizem não, a ideia morre. A questão não é se a ideia é boa ou ruim, ela nem mesmo foi colocada em prática. A questão também não é arrumar um investidor, o investimento pode ser a venda de todos os móveis da casa, do carro, da tv para levantar dinheiro. Afinal, a ideia é de milhões ou não? A questão é confiança, nesse caso, no próprio feeling.

Certa vez fui impactado pela propaganda da Insider. Uma marca de camisetas que se vende como tecnológica. As camisetas de fato são muito boas, mas o que me chamou a atenção é o número de anúncios que eles fazem por diferentes plataformas, incluindo os maiores podcasts do Brasil. Um case de sucesso, certo? Certo, mas que passou por uma provação no mínimo curiosa: foram renegados no programa Shark Tank, aquele em que grandes empresários viram sócios de empresas com potencial sucesso. Eles erraram, o pessoal da Insider, não, insistiu e prosperou!

No jogo da Vida e Cia, confiança é algo difícil, limites e competências são muitas vezes projetadas por pessoas que não nos conhecem, não sabem nossas crenças, mas acham que tem o direito de arbitrar o que é melhor para nós!

Coragem!

Ediney Giordani

Vida & Cia

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