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“Coisa estranha, meu defeito.
Em mim, é coisinha à toa.
Mas toma forma de crime se o vejo em outra pessoa.”

De autor desconhecido, essa frase revela muito sobre nós!
Revela sobre mim, sobre você, em qualquer dia, em qualquer circunstância.

Vamos pensar em uma coisa tola: toalha de banho.

Imagine a toalha de banho sobre a cama.
Desagradável.
E se foi você quem deixou?

Papel higiênico no banheiro.
Você finaliza e fica só aquele papelão.
Você repõe?
A maioria não.

Mas a maioria se enfurece quando entra no banheiro e só tem o papelão.

Citei apenas exemplos bobos porque os maiores você já conhece.

Odiamos quando alguém conta a outrem o segredo que lhe confiamos, mas nem pensamos por um segundo antes de fazer o mesmo.

Julgamos como horríveis os pais que gritam com os filhos e, na maioria das vezes, fazemos igual.

No trabalho, olhamos cada segundo do relógio para fiscalizar se o colega vai sair no horário ou antes, mas não gostamos nem um pouco quando fazem o mesmo conosco!

Usamos os corredores como rádios para tentar entender o sucesso alheio, porque, se eu não estou acertando, como alguém está?!

Normalmente, nos sentimos o umbigo do mundo, o próprio sol em torno do qual os planetas giram.

Já falei sobre isso por aqui e vou repetir.
Quer um exemplo prático de como nos sentimos o “sol” da galáxia?

Acontece algo – sei lá, choveu muito, entrou água no seu trabalho, você teve que pegar o balde e o pano de chão, o pedreiro não pôde vir, o seguro disse que você não tem cobertura – enfim, deu tudo errado. A primeira pessoa que te contrariar, você vai “soltar os cachorros nela”, como se ela fizesse parte do problema, fosse culpada ou soubesse o que está acontecendo.

Você é mais importante.

Defeitos, todos temos.
Julgar os dos outros é bem mais fácil.
Ser juiz da própria sentença – aí é que mora o caráter.

Ediney Giordani

Vida & Cia