Infelizmente essa pergunta é pouquíssima procurada no Google. Por quê? Não sei. Talvez seja pelo conformismo das pessoas, talvez seja porque as pessoas já acham que são a melhor versão de si mesmos.

Não sou.
Eu não sou.
Você não é.
Nunca seremos.

Sempre podemos um pouco mais.

Desmond T. Doss era um soldado americano que se recusava a pegar em armas. Conseguiu o direito de ir à guerra com essa premissa. No final, salvou 75 soldados feridos estando sozinho em trincheiras inimigas.

Esse fato inspirou o filme “Até o Último Homem”. Se não assistiu, recomendo muito.

Desmond conta que quando seu batalhão teve que recuar, ele não conseguiu, porque viu um soldado que não conseguia se mexer e decidiu ficar com ele. Quando a noite chegou, Desmond pretendia sair levando consigo o amigo inesperado. No caminho, porém, encontrou diversos outros homens que também precisavam de ajuda.

Desmond foi até seu limite… várias vezes naquela noite.
Quando salvava aquele que considerava o último sentia uma voz interna, que na avaliação dele era Deus dizendo:

– Só mais um!
– Só mais um!

Assim, a história foi feita.
75 soldados abandonados feridos a própria sorte salvos de um penhasco com mais de 100m de altura, um a um salvos por alguém que foi a guerra sem armas.

Algumas vezes nos sentimos desanimados, nos perguntamos o motivo disso ou daquilo. Mas sempre estamos no lugar que devíamos estar quando deveríamos estar.

Assim como muitos dos soldados salvos por Desmond o haviam maltratado, até batido tentando fazê-lo desistir, foram salvos por ele.

A gente sempre deixa marcas.
As pessoas também deixam marcas em nós.

Ora estamos em locais que não queremos e algo nos manda ir, vamos e parece que nada aconteceu, mas não temos a cena toda.
Temos o recorte.
A parte míope. Um pedaço da receita.

Sempre estamos onde devemos estar.

Toda vez que se sentir ameaçado, triste, desmotivado ou cansado, a receita é clara, sim, você pode mais.

Você pode aprender um pouco mais.
Pode estudar um pouco mais.
Pode dar mais atenção as pessoas que amam.
Pode perdoar um pouco mais as pessoas que te magoam.

O “só mais um” de Desmond serve para todas as vidas, talvez não pareça tão nobre, mas como falei, só temos o recorte e não o retrato.

Você pode ter salvo alguém e nem saber.
– Só mais um.