Você já sentiu que cultivar amizades na vida adulta parece impossível?

Não é só impressão sua.

Estudos mostram que o número de pessoas sem amigos próximos tem aumentado. Em 1990, apenas 3% das pessoas relatavam não ter amigos íntimos. Em 2021, esse número subiu para 12%.

E a tendência continua.

O que está acontecendo? A resposta envolve uma mistura de mudanças sociais e tecnológicas. O estilo de vida acelerado pós-pandemia, a superficialidade das redes sociais e a diminuição natural do círculo social após os 25 anos são fatores que contribuem. Sem contar a falta de tempo, já que compromissos profissionais e familiares acabam consumindo boa parte da energia diária.

Além disso, padrões comportamentais também pesam. Toleramos menos frustrações, temos dificuldade em manter contato presencial e, muitas vezes, priorizamos relacionamentos românticos e familiares, deixando as amizades em segundo plano. Tudo isso faz com que as conexões se tornem descartáveis.

O impacto desse declínio nas amizades vai além do sentimento de solidão. Há consequências reais para a saúde. Pessoas com poucos laços sociais apresentam maior risco de desenvolver doenças cardíacas, possuem imunidade mais baixa e têm maior propensão a distúrbios como Alzheimer. No aspecto psicológico, a ausência de amizades próximas pode levar ao aumento da ansiedade, depressão e uma maior vulnerabilidade ao estresse.

Mas nem tudo está perdido. A tendência para o futuro aponta para um resgate das relações mais autênticas. O desafio é transformar esse desejo em ação. Pequenos passos fazem a diferença: investir tempo em encontros presenciais, cultivar hobbies compartilhados e demonstrar interesse genuíno são atitudes que podem ajudar.

Se queremos uma vida mais equilibrada e saudável, é essencial dedicar atenção a esses laços. Que tal mandar uma mensagem para um velho amigo hoje? Quem sabe essa simples atitude não seja o início de uma conexão renovada?

Nos falamos novamente daqui a quinze dias. Até lá, cuide das suas amizades!