Para quem acha que a evolução dos carros e seu novos sistemas multimídia irão deixar o tradicional rádio para trás, ledo engano. Nos corredores do Congresso dos Estados Unidos, Tesla, Ford e outras montadoras tomaram a decisão de parar de colocar rádios AM em seus modelos elétricos com uma desculpa técnica: os motores elétricos interferem na qualidade de áudio do sinal AM, diferente das rádios FM e rádio via satélite.
O debate não é apenas sobre a continuidade da rádio AM (muitas estações aqui já migraram para FM ou para o formato digital) mas o direito das pessoas ouvem rádio enquanto dirigem.
Rádio é um serviço público essencial para a vida de muitas pessoas, empresas e profissionais da comunicação – que segue relevante, principalmente para a publicidade, mesmo em tempos de transformação digital.
No Brasil, de acordo com a Kantar IBOPE Media, os formatos de publicidade que são mais lembrados são os de rádio, incluindo propagandas veiculadas entre músicas e programas (50% das pessoas lembram dos anúncios).
Os anúncios inseridos nos intervalos são eficazes para alcançar toda uma população local e impactar o público com novos produtos ou serviços. Esta pesquisa foi além e mostrou que a publicidade em rádio se destaca em relação a outros formatos:
- Ações feitas por locutores captam 27% da audiência.
- Promoções na programação das emissoras são fortes para 25% dos ouvintes.
Claro que os comerciais tradicionais seguem mais presentes, mas uma coisa é certa: seja no Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer outro país, o poder do rádio é marcante e precisa ser preservado.
Um último recado para os empresários de todo o Brasil: sigam investindo em publicidade em rádio e percebam o impacto real deste meio de comunicação que geralmente conversa com os consumidores locais.