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Sobre a finitude e as perguntas

clóvis de barros

Outro dia sapeando (pulando de vídeo em vídeo) fui impactado por uma entrevista do Professor e Filósofo, Clóvis de Barros em que ele contava que estava sofrendo de uma doença autoimune. Em resumo, o corpo dele produz anti-corpus demais que acabam combatendo o próprio corpo.

Então, ele tinha duas opções:

Tomava remédios fortes que baixariam sua proteção, mas lhe dariam 20 ou 30 anos de vida. Tudo com extremo cuidado, afinal, não teria mais proteção contra qualquer doença, afastando-o, por exemplo, de palestras e da sala de aula.

Ou

Tomar a decisão de não tomar essa medicação e viver, dois, três, quatro anos no máximo, mas aproveitando aquilo que o faz feliz.

E você? O que faria no lugar dele?

Tentaria a medicação e viveria muitos anos de maneira reclusa? Viveria intensamente enquanto pudesse?

Não se preocupe, não tem resposta certa.

Na primeira, certamente faria as pessoas que te amam felizes, afinal, elas iriam conviver contigo mais tempo.

MAS

E sempre tem o “mas” pequeno guerreiro, você ainda seria a mesma pessoa que era? As pessoas amarão o seu novo “eu”?

E se você escolhe a segunda opção? Egoísta? Afinal, só pensou em você?!

Você precisa pensar em mais alguém quando a vida é sua? Tem mesmo importância quão feliz ou triste alguém ficará com uma decisão que impacta a sua vida?

Perguntas sem respostas. Somente. Perguntas.

As respostas são únicas, particulares. Dependem de um monte de coisas. Amor, ódio, paixão.

Amar a vida a tal ponto de querer vivê-la em plenitude ou amar a si, através de outros, a ponto de querer ficar o maior tempo possível?

Como escrevi. Perguntas. Apenas, perguntas.